Em 2024, o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICOR) revelou dados significativos sobre a satisfação das necessidades das famílias, especialmente no que diz respeito a cuidados de saúde, apoio domiciliário e utilização de transportes públicos. Um total de 6,1% dos agregados familiares, cerca de 272 mil pessoas, tinha pelo menos um membro necessitando desses serviços, com um impacto maior em lares que incluíam idosos, que representaram 81,5% dos casos.
Dentre os agregados que acessaram serviços profissionais de saúde e apoio domiciliário, 48,3% conseguiram obter cuidados, embora a maioria enfrentasse dificuldades financeiras. Aproximadamente 68,7% dos que pagaram total ou parcialmente os serviços relataram dificuldades em arcar com as despesas, evidenciando a pressão econômica sobre as famílias.
Para aqueles que não tiveram acesso a serviços pagos, 55,9% indicaram que a principal razão foi a incapacidade de pagamento, enquanto 17,5% apontaram a indisponibilidade dos serviços. Além disso, no âmbito do cuidado infantil, 94,7% das crianças até aos 12 anos estavam consideradas com suas necessidades satisfeitas pelos pais, embora 5,3% ainda necessitassem de mais cuidados formais, sendo a impossibilidade financeira o motivo principal para essa deficiência em 46,9% dos casos.
Cerca de 49,5% das crianças nessa faixa etária recebiam cuidados formais, com 59,5% dos pais assumindo os custos, enquanto 40,5% dependiam de serviços gratuitos. Por fim, a pesquisa também apontou que 32,2% dos residentes com 16 anos ou mais utilizaram transportes públicos no ano anterior, com 17,6% fazendo uso destes diariamente ou semanalmente, refletindo a importância dos transportes na mobilidade e no cotidiano da população.
Origem: Instituto Nacional de Estatística