O Porto destaca-se como o concelho do Norte de Portugal onde a compra de casa é mais onerosa, exigindo um esforço financeiro significativo para os trabalhadores da região. Dados da Pordata, portal de estatísticas da Fundação Francisco Manuel dos Santos, mostram que, em 2024, o preço médio das habitações novas no Porto atingiu 3.250 euros por metro quadrado, enquanto as casas usadas custaram em média 2.757 euros por metro quadrado. Essa realidade impõe um desafio substancial, onde um trabalhador precisaria poupar cerca de 13,2 salários anuais para adquirir um imóvel novo e 11,2 anos para uma habitação usada.
Em contraste, o concelho da Maia apresenta uma situação mais favorável, com um esforço financeiro menor. Apesar de ser o terceiro município com o maior ganho médio mensal, os preços das casas na Maia são mais acessíveis, com valores médios de 2.333 euros por metro quadrado para imóveis novos e 1.899 euros para usados. Assim, um trabalhador maiense levaria entre 8,9 e 10,9 anos de salários para adquirir uma casa, representando uma diferença significativa em relação ao Porto.
A problemática da habitação tem sido central nas discussões das eleições autárquicas marcadas para 12 de outubro, refletindo a pressão social gerada por preços elevados e a necessidade de medidas para facilitar o acesso à moradia. Aumentar a oferta de habitação acessível e encontrar soluções para a crise habitacional são questões que os candidatos devem abordar, especialmente em áreas com maiores desigualdades, como é o caso do Porto e da Maia.
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