Começa nesta terça-feira, o Debate Geral da 80ª Sessão da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, reunindo líderes internacionais sob o lema “Melhor Juntos: 80 anos e mais pela paz, desenvolvimento e direitos humanos”. O evento visa fortalecer o multilateralismo em um contexto de 61 conflitos e guerras ao redor do mundo, situação alarmante que a ONU busca mitigar.
A expectativa é de que mais de 150 chefes de Estado e de Governo compareçam, atraindo cerca de 40 mil visitantes à sede da ONU durante a Semana de Alto Nível. O secretário-geral António Guterres fez um apelo a esses líderes para que “mudassem a maré”, conclamando ações que cessem hostilidades e promovam a Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável.
Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro a discursar, seguido dos Estados Unidos. Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá abordar questões climáticas, especialmente com a COP30 agendada para novembro em Belém do Pará, onde o Brasil visa se posicionar como líder nas discussões sobre mudanças climáticas.
Além de ação climática, outros temas que estarão em pauta incluem paz e segurança, abordando focos de conflito na Europa, Oriente Médio e África, e a reforma do Conselho de Segurança da ONU, uma demanda antiga do Brasil.
Annalena Baerbock, nova presidente da Assembleia Geral, destacou que esta sessão é única em sua história, devido às fissuras e polarizações que precisam ser tratadas para avançar em uma agenda global coerente. Ela enfatizou a importância de unir esforços entre os países para enfrentar as crises globais atuais.
Os discursos dos países de língua portuguesa, como Brasil, Portugal, Angola e Moçambique, ocorrerão em blocos matutinos e vespertinos durante a semana. Com a participação ativa dos países lusófonos, a ONU reafirma seu compromisso com as questões-chave da agenda internacional.
Os líderes da Assembleia também participarão de reuniões de alto nível sobre vários tópicos, incluindo desigualdade de gênero, saúde e inteligência artificial, além de discutir o combate à proliferação nuclear. A cobertura do evento poderá ser acompanhada em tempo real pela TV ONU e por plataformas digitais da organização.
Origem: Nações Unidas


