Annalena Baerbock, politóloga e ex-chanceler da Alemanha, assume nesta terça-feira a presidência da Assembleia Geral das Nações Unidas, tornando-se a primeira mulher europeia a ocupar o cargo e apenas a quinta mulher na história da organização. A Assembleia Geral, que é o principal órgão deliberativo da ONU, tem enfrentado vários desafios estruturais, especialmente em um cenário de dificuldades financeiras.
María Fernanda Espinosa, que foi a primeira mulher a presidir a Assembleia de 2018 a 2019, elogiou a nova presidente, afirmando que ela possui todas as condições necessárias para uma condução eficiente do órgão. Espinosa destacou a importância da atuação de Baerbock em um momento em que a ONU busca implementar reformas significativas, especialmente relacionadas ao processo ONU80 e o Pacto para o Futuro, aprovado para 2024.
A ex-presidente também levantou a questão da necessidade de uma mulher assumir o cargo de secretário-geral da ONU, o que ainda não ocorreu em 80 anos de história da instituição. Para Espinosa, essa mudança na liderança poderia trazer benefícios como maior inclusão e uma construção de pontes mais eficaz entre os países.
Espinosa ainda frisou que um dos principais desafios da Assembleia é a implementação efetiva das resoluções adotadas, muitas das quais não chegam a se transformar em políticas em nível nacional. Ela defendeu um multilateralismo mais inclusivo, com maior participação da sociedade civil na supervisão das decisões internacionais.
Mais do que abordar apenas temas de paz e segurança, a nova presidência da Assembleia também terá um papel crucial nas discussões sobre desenvolvimento sustentável. Assim, enquanto o mundo observa, a nomeação de Baerbock pode simbolizar uma nova era para a diplomacia global.
Origem: Nações Unidas