A presença de animais de estimação nas famílias portuguesas tem crescido significativamente, não apenas como fonte de alegria e companhia, mas também como um compromisso que envolve responsabilidade. No entanto, a legislação em vigor não parece acompanhar essa realidade. Ao contrário de muitos países europeus, onde há normativas que permitem aos trabalhadores faltarem ao emprego para cuidar dos seus animais, em Portugal essa possibilidade ainda é escassa e muitas vezes deixa os tutores em situação delicada, forçando-os a escolher entre o bem-estar do animal e a segurança financeira.
A lei portuguesa não contempla faltas justificadas para que os donos possam atender às necessidades dos seus animais de estimação, mesmo em casos de emergência veterinária. Enquanto empresas podem optar por aceitar ou rejeitar a justificativa do trabalhador, não há garantias de que a ausência será remunerada. Essa falta de regulamentação se torna um obstáculo para aqueles que buscam oferecer o necessário à saúde e ao bem-estar de seus pets. Embora o abandono de animais seja considerado crime, isso não se traduz em proteções laborais para os tutores que necessitam se ausentar para cuidar deles.
Enquanto outros países, como Itália, avançam em proteções legais para seus cidadãos em situações semelhantes, em Portugal a discussão sobre a assistência a animais de estimação na legislação laboral continua sem respostas concretas. Propostas recentes de partidos como o PAN incluem a possibilidade de faltas justificadas para cuidados com animais e até um dia de luto pela morte de um pet. À medida que a preocupação com os direitos dos animais cresce, muitos portugueses esperam que a legislação evolua para refletir essa realidade e permita que os tutores cumpram suas responsabilidades sem penalidades no ambiente de trabalho.
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