Em 2025, a Espanha se prepara para implementar uma reforma inovadora no sistema de pensões, batizada de “jubilación reversible”. Essa nova proposta permitirá que os aposentados retornem ao mercado de trabalho após seis meses de sua aposentadoria, com a liberdade de trabalhar entre 40% e 80% do horário normal, enquanto recebem tanto o salário quanto a pensão integral. Para tornar essa opção ainda mais atrativa, o governo espanhol oferecerá bonificações de até 20% sobre a pensão.
A reforma visa eliminar as barreiras burocráticas que dificultavam o retorno dos aposentados ao trabalho, tornando o processo mais simples e acessível. Diferentemente da “jubilación activa” ou “jubilación flexible”, que impunham limitações nos rendimentos e eram acompanhadas de procedimentos complexos, a jubilación reversible promete uma reincorporação mais suave ao mercado, beneficiando tanto os aposentados quanto os empregadores.
Com o intuito de reforçar a ideia de que a aposentadoria não é sinônimo de inatividade, essa medida pretende incentivar os aposentados a verem o retorno ao trabalho como uma opção viável. No contexto econômico atual, esse estímulo representa uma oportunidade para mitigar a pressão sobre as finanças públicas, ao mesmo tempo que alimenta a economia.
A legislação já está em discussão no Congresso, em um canal de diálogo inclusivo com sindicatos e associações empresariais. Questões como a possibilidade de jornada completa ou parcial e os percentuais adicionais de pensão ainda estão em debate. Essa reforma não apenas beneficiará aqueles que estão se aproximando da aposentadoria, proporcionando um planejamento mais claro e vantajoso, mas também permitirá que as empresas usufruam da experiência dos trabalhadores mais velhos, retendo talentos valiosos sem enfrentar penalizações.
Com a futura possível elevação da idade de aposentadoria para 67 anos até 2027, a Espanha está se posicionando para oferecer um leque mais amplo de opções para gerir as carreiras profissionais no final da vida laboral, promovendo uma transição que visa o benefício coletivo.