Os sistemas agroalimentares enfrentam desafios significativos, como a demanda crescente por alimentos, a escassez de água e os efeitos da crise climática. Em um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a atenção se volta para o papel da juventude na busca por soluções a essas questões prementes.
A insegurança alimentar entre jovens na África aumentou consideravelmente nos últimos anos, passando de 16,7% para 24,4% entre 2014 e 2023. Além disso, a participação de jovens nos sistemas agroalimentares caiu de 54% em 2005 para 44% em 2021, evidenciando a urgência na promoção de novas oportunidades. O relatório destaca o projeto da FAO em Moçambique, que integra a agricultura no currículo escolar. Essa iniciativa visa aumentar o interesse dos jovens na área, contribuindo para a formação de profissionais qualificados.
No Brasil, a jovem empresa Elixir Foods exemplifica inovações que podem transformar o setor. Através da conversão de resíduos de cacau em adoçantes, a iniciativa não apenas minimiza o desperdício, mas também representa um avanço em direção a uma economia circular, utilizando energia solar e tecnologia digital para estabilizar produtos antes descartados.
Timor-Leste foi mencionado como um exemplo positivo de propriedade de terras nas mãos da juventude, com taxas acima de 75% entre mulheres e 85% entre homens. A FAO elogia ainda a colaboração entre jovens e comunidades indígenas na preservação de práticas sustentáveis.
Para enfrentar esses desafios, o relatório traz recomendações voltadas à capacitação da juventude, ao aumento de investimentos em infraestrutura e à criação de políticas que tornem as-carreiras do setor mais atraentes. A expansão do acesso à tecnologia digital também é fundamental para modernizar práticas agrícolas e aperfeiçoar conexões de mercado, mostrando que os jovens podem ser a chave para um futuro agroalimentar sustentável.
Origem: Nações Unidas