A tempestade Gabrielle, que começou como uma depressão tropical em 17 de setembro, evoluiu rapidamente para um furacão de categoria 4 até o dia 23 do mesmo mês. Na tarde de 25 de setembro, já se encontrava a cerca de 250 km ao sul das Flores, uma das ilhas dos Açores, e, nas horas seguintes, foi reclassificada como ciclone pós-tropical devido à perda de sua organização convectiva.
No arquipélago, a tempestade trouxe condições climáticas severas, especialmente nas ilhas centrais, onde a precipitação se destacou. No aeródromo de Graciosa, foram registrados mais de 60 mm de chuva em um período de seis horas, enquanto em Morro Alto, no Faial, rajadas de vento atingiram os 154 km/h, evidenciando a força dos ventos associados à tempestade.
Os meteorologistas usaram dados da rede de radares para monitorar a trajetória de Gabrielle, que inicialmente seguiu em direção ao leste e, a seguir, para o nordeste. A análise também indicou que a tempestade acelerou antes de desacelerar, o que pode ter contribuído para a intensidade da precipitação e os ventos fortes. Em contraste, as ilhas orientais do arquipélago registraram precipitação muito mais moderada, com valores abaixo de 15 mm.
As consequências da tempestade estão sendo avaliadas, especialmente em termos de danos materiais e impacto sobre a população local, que já se prepara para possíveis novas alterações climáticas nas próximas semanas. As autoridades continuam a monitorar a situação e a fornecer atualizações à população sobre as condições meteorológicas.
Origem: Instituto Português do Mar e da Atmosfera


