O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) anunciou a recente aquisição de um avançado sistema de câmara subaquática com telemetria, projetado para exploração em águas profundas. Este equipamento, denominado Sea Spyder Deep Water, foi desenvolvido pela empresa Subsea Technology & Rentals (STR) e os testes de aceitação ocorreram nos dias 17 e 18 de dezembro a bordo do Navio de Investigação Mário Ruivo. A atividade contou com a colaboração de técnicos e investigadores do IPMA, da Vórtice-Equipamentos Científicos, Lda., e da STR.
Este sistema inovador foi desenvolvido para estudar ambientes marinhos em grandes profundidades, permitindo a observação e o registro de vídeo e imagens de alta resolução em tempo real do fundo do mar. O equipamento inclui um guincho elétrico (STR SeaTow 6000) com a capacidade de operar até 6000 metros de profundidade, o que é crucial para a exploração e monitorização de habitats marinhos sensíveis.
A utilização deste sistema é essencial para a identificação e monitorização dos Ecossistemas Marinhos Vulneráveis (VME), que são áreas críticas para a biodiversidade marinha, podendo ser exploradas até 4000 metros de profundidade. O projeto está alinhado com regulamentações da União Europeia que visam proteger esses habitats e promover práticas de pesca sustentável em águas profundas.
Além disso, a nova tecnologia será empregada na elaboração de planos de gestão para as Áreas Marinhas Protegidas Oceânicas, que são fundamentais para que Portugal cumpra a meta internacional 30×30. Este compromisso global busca proteger pelo menos 30% das áreas terrestres e marinhas do planeta até 2030 e está ligado à implementação da Rede Nacional de Áreas Marinhas Protegidas (RNAMP).
Com a ação do IPMA, Portugal fortalece sua capacidade científica e operacional na monitorização do oceano, contribuindo para a preservação da biodiversidade marinha e promovendo práticas de gestão sustentável. Essa iniciativa também visa atender às obrigações legais internacionais e valorizar o patrimônio natural do país, assegurando que as atividades de pesca não causem impactos adversos em ecossistemas marinhos vulneráveis.
Origem: Instituto Português do Mar e da Atmosfera






