Os investidores internacionais continuam a dominar a Bolsa espanhola, mesmo que sua participação tenha sofrido uma leve redução. De acordo com o mais recente Informe de Propriedade de Ações do Serviço de Estudos da BME, os investidores estrangeiros possuem atualmente 48,7% do mercado, apresentando uma queda de três décimos em relação ao ano passado. Em contrapartida, o setor público atingiu 4,1% de participação, um patamar que não era registrado há 27 anos.
Baseando-se em dados até o final de 2024, o relatório aponta que mais de 8.600 fundos privados institucionais estão ativos no IBEX 35®, somando um valor de 207,3 bilhões de euros no início de 2025. Dentre esses fundos, 70,7% são europeus e 25% são americanos. O estudo destaca 72 gestoras com participação significativa, lideradas por BlackRock, Vanguard e Capital Group.
Apesar da forte presença internacional nas empresas listadas, onde o capital quase duplica o das não cotadas, a participação estrangeira nas últimas é de apenas 25,1%. Ao longo das duas últimas décadas, a propriedade externa nas empresas públicas cresceu 11,6 pontos percentuais, em contraste com apenas 2,7 nas empresas não cotadas. Isso destaca a importância de estar listado na Bolsa para atrair capital internacional.
Por outro lado, a participação das famílias na Bolsa caiu para 15,8%, o nível mais baixo dos últimos 32 anos. Em comparação, durante as privatizações dos anos 90, os investidores minoristas chegaram a superar os 35%.
O relatório também enfatiza a necessidade de fomentar a participação de investidores minoristas, em linha com a iniciativa europeia Saving and Investment Union (SIU), apoiada pela OCDE. Atualmente, as empresas não financeiras detêm 21,6% da propriedade, enquanto instituições de investimento coletivo e bancos possuem, respectivamente, 5,8% e 4%.






