Os intermediários de crédito têm se consolidado como peças-chave no mercado de financiamento habitacional em Portugal, representando mais de 56% dos contratos de crédito habitação assinados em 2024, segundo dados do Banco de Portugal. Desde 2017, essa profissão é regulada, e agora os intermediários reivindicam a implementação de formação obrigatória e uma revisão das regras de apresentação de ofertas. Essa mudança visa facilitar o acesso ao financiamento e também abranger o segmento empresarial, com a intenção de auxiliar pequenas e médias empresas na obtenção de crédito.
Com a crescente demanda por imóveis e a competição acirrada entre os bancos, os intermediários de crédito acreditam que a flexibilização das exigências atuais, que requerem a apresentação de pelo menos cinco ofertas, pode beneficiar tanto os consumidores quanto a própria dinâmica do setor. O novo presidente do Banco de Portugal, Álvaro Santos Pereira, já expressou disposição para reformular essas regras, desde que as alterações não comprometam a legalidade do processo. Essa colaboração pode potencialmente acelerar a aprovação de financiamentos, tornando a compra de casa mais acessível.
Além de atuar na compra de imóveis, os intermediários, representados pela Associação Nacional dos Intermediários de Crédito Autorizados (ANICA), buscam expandir suas funções para o aconselhamento empresarial, propondo ajuda no financiamento de empresas. Tiago Vilaça, presidente da ANICA, enfatizou a necessidade de formação continuada para acompanhar o crescimento do setor e atender de maneira adequada tanto consumidores quanto empresários. A revisão do Regime Jurídico dos Intermediários de Crédito está em andamento e pretende trazer inovações que atendam à realidade atual do mercado.
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