Em um mundo cada vez mais dependente da tecnologia, as empresas estão enfrentando uma armadilha silenciosa que pode colocar seus dados e operações em risco. O uso de “snapshots” como única forma de proteção de dados está se tornando uma prática comum, mas especialistas alertam que esses registros do estado de máquinas virtuais podem ser enganadores.
A cena é familiar para muitos administradores de sistemas: antes de uma atualização crítica do ERP, um snapshot é criado “só por precaução”. O administrador implementa as mudanças, confiante de que está protegido. Contudo, à medida que os dias e semanas passam, esse snapshot permanece intocado e, em muitos casos, é esquecido. Se por acaso ocorrer uma falha no armazenamento, um ataque de ransomware ou até mesmo uma perda de resposta do servidor, o que poderia ser uma linha de defesa se transforma em uma armadilha.
“Um snapshot não é um backup”, enfatiza um especialista. Os snapshots capturam o estado de uma máquina virtual em um momento específico, mas residem no mesmo armazenamento que os dados originais. Em caso de falha, toda a informação pode ser perdida. Por outro lado, os backups são cópias independentes, armazenadas em locais diferentes, permitindo a recuperação de dados mesmo se o ambiente original estiver comprometido.
A diferença entre as duas abordagens é crucial. Como explica um relatório recente, “se a suposta ‘cópia’ depende do mesmo armazenamento e do mesmo hipervisor, não é um backup”. Essa distinção poderia ser a linha entre a continuidade e a interrupção dos negócios.
O alerta se torna ainda mais pertinente quando observamos que muitos administradores não realizam testes de restauração de backups ou não possuem políticas claras sobre os períodos de validade dos snapshots. Avaliações cuidadosas são necessárias para garantir que as estratégias de proteção sejam eficazes.
Apesar de sua utilidade, os snapshots devem ser parte de uma estratégia de proteção mais ampla. Eles são eficazes para certos cenários, como testes de atualizações e mudanças operacionais, mas não devem ser a única linha de defesa contra perdas de dados.
Com esse cenário, fica a pergunta para as empresas: quantas “cópias de segurança” estão realmente protegendo seus dados? Se as respostas não satisfizerem, talvez seja hora de reavaliar suas práticas e considerar o investimento em soluções robustas de backup que garantam a segurança e a continuidade operacional.






