Um novo projeto que visa proteger florestas e promover o desenvolvimento sustentável no Baixo Xingu, localizado no estado do Pará, recebeu a aprovação do Conselho de Diretores do Banco Mundial. Com um financiamento total de US$ 8,56 milhões oriundos do Global Environment Facility, a iniciativa contará com a colaboração do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, juntamente com o Governo do Pará, além do Serviço Florestal Brasileiro, do ICMBio e da Fundação Getúlio Vargas.
O Baixo Xingu é reconhecido como um corredor socioambiental de alta relevância, abrangendo Terras Indígenas, áreas protegidas e comunidades quilombolas, que desempenham um papel crucial na conservação da biodiversidade e na regulação do clima. Contudo, a região enfrenta sérios desafios, como o desmatamento, a grilagem de terras, a mineração ilegal e os impactos das mudanças climáticas.
O projeto propõe uma abordagem integrada para enfrentar essas questões, abrangendo cinco frentes principais: gestão e conservação, socio bioeconomia, políticas públicas e território, educação e comunicação, além de gestão e monitoramento. Entre os resultados esperados, destacam-se a melhoria na gestão de 3,6 milhões de hectares e benefícios diretos para cerca de 3 mil pessoas, incluindo um foco significativo na inclusão feminina.
A iniciativa também pretende mitigar mais de 2,4 milhões de toneladas de CO₂ equivalente, contribuindo assim para o combate às mudanças climáticas. O projeto faz parte da terceira fase do Programa Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL), que reúne o Brasil e outros seis países da região, com o objetivo de conservar a biodiversidade, recuperar áreas degradadas e expandir práticas sustentáveis em todo o bioma amazônico.
Origem: Nações Unidas