Em setembro, o indicador de confiança dos consumidores registrou um aumento significativo, revertendo a tendência de queda do mês anterior. Essa evolução positiva é atribuída principalmente às percepções favoráveis sobre a situação financeira passada das famílias e às expectativas sobre suas finanças futuras. Contudo, as previsões em relação às compras importantes pelas famílias impactaram negativamente o indicador.
Nos últimos dois meses, avaliações sobre a evolução passada dos preços dos produtos diminuíram, após um aumento considerável em julho. As expectativas futuras para os preços também apresentaram uma queda em setembro, seguindo dois meses de alta.
Quanto ao clima econômico, houve aumento tanto em agosto quanto em setembro, continuando a trajetória ascendente que teve início em abril. Os setores do Comércio e da Indústria Transformadora apresentaram crescimento nos indicadores de confiança, enquanto o Serviço e a Construção e Obras Públicas enfrentaram redução.
Entre julho e setembro, o indicador de confiança do Comércio começou a se recuperar após quatro meses de declínio, impulsionado por melhoras nas perspectivas de atividade comercial e nas opiniões sobre vendas. Na Indústria Transformadora, o aumento no indicador foi sustentado unicamente pelas previsões de produção. No entanto, os Serviços enfrentaram um desempenho negativo em todas as suas componentes, incluindo a avaliação da carteira de encomendas e as expectativas sobre a procura.
No setor da Construção e Obras Públicas, o indicador de confiança caiu nos últimos três meses, após um aumento em maio e junho, refletindo opiniões desfavoráveis sobre a carteira de encomendas e expectativas de emprego.
Em termos das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda, o setor da Indústria foi o único a registrar um aumento, enquanto o Comércio e os Serviços enfrentaram quedas severas, especialmente em setembro.
Origem: Instituto Nacional de Estatística

