A NATO estabeleceu uma nova meta para o setor da defesa durante a cimeira de junho de 2025, que consiste em investir 3,5% do PIB em capacidades militares essenciais. Essa decisão, parte da Revisão Estratégica de Defesa do Reino Unido, deverá gerar uma demanda significativa por imóveis industriais e logísticos na Europa e no Reino Unido. De acordo com um relatório recente da Savills, “Savills Defence Logistics 2025”, prevê-se um aumento de 17% na absorção de espaço logístico, atingindo até 37 milhões de metros quadrados adicionais para atender às necessidades logísticas crescentes nos próximos anos.
O estudo aponta que o Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha serão os países mais afetados por esse crescimento. Com a despesa de defesa atual suportando cerca de 35 a 40 milhões de metros quadrados de espaço logístico e ocupando uma força de trabalho de aproximadamente um milhão de pessoas, o novo aumento deverá agravar ainda mais a pressão sobre as indústrias. “Os clusters de defesa atraem mão-de-obra qualificada e garantem cadeias de abastecimento consolidadas, mas as especificidades desse setor tornam a adaptação de imóveis um desafio”, destaca Sam Quellyn-Roberts, Diretor EMEA da Savills.
Embora Portugal não seja um jogador direto na defesa, especialistas acreditam que o país pode se beneficiar indiretamente desse aumento de demanda. Tiago Cortez, da Savills Portugal, afirma que a pressão nos mercados principais da Europa pode levar indústrias a buscarem alternativas em solo português, promovendo a competitividade do país como uma plataforma de produção e distribuição. O potencial crescimento no setor logístico pode posicionar Portugal como um destino estratégico, especialmente dada sua localização e condições energéticas favoráveis.
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