As alterações climáticas estão provocando uma reconfiguração nas dinâmicas sociais e ambientais, refletindo-se diretamente nos mercados financeiros. Estudos recentes indicam que as altas temperaturas não apenas comprometem o bem-estar das populações, mas também geram maior volatilidade nos mercados bolsistas. Jane Smyth, climatóloga da Man Group, evidencia que as ondas de calor extremo aumentaram em média 72 pontos base a volatilidade anualizada das ações nos Estados Unidos nas últimas duas décadas.
Os riscos climáticos físicos, como temperaturas extremas e eventos meteorológicos severos, têm um impacto direto em setores fundamentais como a indústria e as infraestruturas digitais, comprometendo operações e avaliações de mercado. Segundo Matt Goldklang, climatólogo da Man Numeric, essa maior volatilidade implica que investidores de longo prazo revisem suas estratégias de gestão de risco e modelos de alocação de ativos, buscando se adaptar a um cenário em constante mudança.
A situação em Tuvalu, um pequeno país no Pacífico Sul, exemplifica como as alterações climáticas se traduzem em crises humanitárias e geopolíticas. Com a previsão de que 60% do território seja submerso até 2050, mais de 80% da população já solicitou vistos climáticos para emigrar para a Austrália, resultado de um acordo pioneiro de migração climática. Este panorama ilustra a urgência de um olhar profundo sobre as dinâmicas climáticas na esfera dos investimentos, ressaltando que o risco climático não é uma ameaça distante, mas uma realidade que molda o futuro financeiro.
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