Um relatório recente da UNICEF e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que a luta contra o trabalho infantil está finalmente retomando o rumo após anos de retrocesso. Apesar desse progresso, as entidades alertam que, se o ritmo atual persistir, serão necessários esforços 11 vezes mais rápidos para erradicar completamente o trabalho infantil até 2030, conforme estipulado pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Mesmo que a velocidade quadruple, a eliminação total só seria projetada para 2060.
Os dados mostram que, em 2020, 160 milhões de crianças estavam envolvidas no trabalho infantil, um aumento em relação aos 152 milhões em 2016. Atualmente, calcula-se que ainda haja 138 milhões de crianças entre 5 e 17 anos em condições inadequadas e frequentemente perigosas. Embora a situação tenha melhorado em várias regiões, como a Ásia e a América Latina, na África Subsaariana a taxa de crianças em trabalho infantil aumentou de 22,4% em 2012 para quase 24% em 2020, embora esteja projetada para uma leve queda até 2024.
Importante ressaltar que apenas 13% das crianças trabalham na indústria, enquanto a agricultura representa 61% dos casos. Na América Latina e na Ásia, o trabalho infantil é mais comum entre jovens de 12 a 17 anos, geralmente em áreas urbanas, enquanto na África predominam crianças menores, com 69% tendo menos de 12 anos. Globalmente, cerca de 39% das crianças em trabalho infantil estão expostas a tarefas perigosas, um aumento de quase 50% em relação a 2020, o que ressalta a urgência de aumentar os esforços para erradicação desse fenômeno.
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