O processo de atualização dos registos de Alojamento Local (AL) em Portugal está em andamento, com previsão de redução significativa dos números. Atualmente, o país conta com aproximadamente 125 mil registos, mas cerca de 40 mil não estão ativos. Após esta limpeza de dados, estima-se que o número de registos ativos passe para cerca de 85 mil. Em Lisboa, a principal área afetada por discussões sobre arrendamentos de curta duração, o número de registos deve encolher de 19 mil para entre 11 e 12 mil, algo que é visto com otimismo por diversos responsáveis do setor.
Ana Jacinto, secretária-geral da Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), mencionou que os registos inativos criam uma falsa percepção do setor, contribuindo para narrativas que indicam uma pressão excessiva sobre o mercado de habitação. Segundo ela, esta distorção alimenta debates com base em dados que não refletem a realidade, o que pode levar à criação de legislações inadequadas. A atualização, portanto, é vista como uma oportunidade para estabelecer bases de dados mais rigorosas.
Eduardo Miranda, presidente da Associação de Alojamento Local em Portugal (ALEP), reforçou a importância desta revisão, indicando que a atualização começou em março deste ano, apesar de ter sido um processo esperado para antes. Ele criticou a lei do ‘Mais Habitação’ como mal elaborada e cheia de irregularidades que dificultaram essa limpeza. Miranda ressaltou que os dados desatualizados apenas distorciam a verdadeira situação do setor, e a nova base de dados que emergirá dessa atualização deverá proporcionar uma visão mais precisa do mercado de alojamento local em Portugal.
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