Milhares de famílias de baixos rendimentos enfrentam a possibilidade de perder as obras de eficiência energética prometidas pelo Governo, após a meta do programa Vale Eficiência ter sido reduzida drasticamente de 40 mil para apenas 18 mil vales. A decisão, justificada pela “fraca adesão do mercado”, exclui mais de 25 mil candidaturas já aprovadas, representando um retrocesso significativo na luta contra a pobreza energética. A situação gera preocupações sobre o apoio necessário para famílias que aguardavam melhorias em suas residências.
De acordo com o jornal Expresso, a explicação oficial enviada a Bruxelas não condiz com a realidade dos dados, já que a procura pelo programa ultrapassa as novas metas estabelecidas. Com mais de 31 mil candidaturas elegíveis na segunda fase, além de mais de 12 mil na primeira, o problema reside na falta de facilitadores técnicos, cuja escassez prejudicou a implementação do programa. O Ministério do Ambiente e Energia reconheceu que a complexidade do design do programa dificultou sua execução, revelando a necessidade de uma revisão urgente.
Apesar das dificuldades, a secretária de Estado Maria da Graça Carvalho assegurou que o Governo “não abandonou ninguém” e que as famílias com candidaturas aprovadas receberão o pagamento integral de 3.900 euros diretamente, sem intermediários. Contudo, a redução no número de vales significa que numerosas famílias que esperavam por reformas como isolamento térmico ou instalação de painéis solares ficarão sem apoio. Essa mudança de estratégia, coincidente com a expansão do programa E-Lar, levanta preocupações sobre a eficácia das políticas de eficiência energética em Portugal, que visam garantir habitação acessível e sustentável.
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