Construtores e consultores em Portugal expressaram sua surpresa com a iniciativa do Governo de atrair empresas estrangeiras para trabalhar em colaboração com firmas nacionais. Carlos Mineiro Aires, administrador executivo da Fundação da Construção, destacou que esta abordagem poderia ser vista como uma falta de confiança nas empresas portuguesas, que têm demonstrado capacidade para enfrentar grandes projetos, como a construção do novo aeroporto de Lisboa e novas linhas de TGV. Ele argumentou que o governo deveria ter priorizado o diálogo com as empresas locais antes de buscar parcerias internacionais.
Aires sustentou que as empresas portuguesas estão se fortalecendo e têm as competências necessárias para assumir grandes obras. Embora reconheça a necessidade de parcerias internacionais, ele enfatizou que a liderança nos consórcios deve ser nacional, pois as empresas estrangeiras muitas vezes não contratam profissionais locais de forma significativa e podem inflacionar os custos e prazos das obras com práticas como o “dumping”. Ele fez um apelo para que o governo considere as capacidades das empresas locais antes de buscar soluções externas.
Ademais, o executivo da Fundação da Construção alertou sobre a crise de mão de obra no setor, que se agrava pela falta de profissionais qualificados. Ele propôs iniciativas para treinar e atrair trabalhadores, especialmente aqueles que emigraram durante a crise financeira. Segundo Aires, é fundamental melhorar as condições de trabalho e os salários para reverter a falta de mão de obra e garantir a qualidade dos projetos. Além disso, ele defendeu uma revisão na legislação de contratação pública para evitar atrasos e assegurar uma competição saudável que beneficie o setor da construção em Portugal.
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