A expansão das operações militares israelenses na Cidade de Gaza tem gerado preocupações internacionais, com o coordenador especial adjunto da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio, Ramiz Alakbarov, alertando para possíveis “consequências catastróficas”, como o deslocamento de milhares de palestinos. Durante uma reunião do Conselho de Segurança nesta quarta-feira, Alakbarov destacou que a situação no Território Palestino está se deteriorando a níveis alarmantes, com o aumento de vítimas civis e a proliferação da fome.
Após uma recente visita a Gaza, o representante da ONU afirmou que a região está imersa em um desastre humanitário sem precedentes, onde os palestinos estão vendo seus “piores medos se tornando realidade”. Os ataques militares israelenses têm se intensificado, atingindo não apenas áreas civis, mas também instalações que abrigam pessoas deslocadas e serviços essenciais, como escolas e hospitais.
O alerta de Alakbarov é ainda mais grave, considerando que, desde o início das hostilidades em 7 de outubro, já foram reportadas mais de 2.500 mortes palestinas. Entre esses, 271 vítimas tinham como objetivo buscar ajuda humanitária nas proximidades de locais de distribuição militarizados. O impacto do conflito também é sentido entre os jornalistas, com mais de 240 mortes registradas desde o início da guerra.
Em suas atividades, Alakbarov visitou comunidades israelenses afetadas, onde se encontrou com sobreviventes e famílias de reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos armados. A dor e o trauma enfrentados nessas comunidades foram evidentes, refletindo a complexidade e a intensidade do atual conflito. Adicionalmente, a sessão do Conselho de Segurança contou com a participação de diversas figuras importantes, incluindo representantes de organizações humanitárias.
Origem: Nações Unidas