A situação econômica da França se torna cada vez mais crítica após a demissão do quarto primeiro-ministro de Emmanuel Macron, François Bayrou. Ele não conseguiu implementar um controverso plano de ajuste orçamental que visava economizar quase 44 bilhões de euros, uma medida que incluía o congelamento de pensões e cortes significativos no funcionalismo público. A resistência da população e a falta de consenso político acabaram por inviabilizar as propostas, intensificando o debate sobre a sustentabilidade da dívida pública francesa.
Atualmente, a dívida pública bruta do país atinge alarmantes 114,1% do Produto Interno Bruto (PIB), o que coloca a França como o terceiro país mais endividado da zona do euro, atrás apenas da Grécia e Itália. Análises do Financial Times apontam que a acumulação da dívida é consequência, em grande parte, do aumento dos gastos públicos para mitigar os efeitos da pandemia e das reduções fiscais adotadas durante o governo Macron. Essa conjuntura desafia o governo francês a encontrar um equilíbrio entre a necessidade de austeridade e a manutenção do bem-estar social.
Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou que o déficit orçamental alcançou 5,8% do PIB no último ano, uma tendência que persiste desde 1970. A estrutura dos impostos revela que a maior parte da arrecadação, cerca de 56,1%, é destinada a benefícios sociais, enquanto apenas uma fração menor é direcionada à educação e à administração. Essa distribuição de recursos levanta preocupações sobre a capacidade do governo em fazer frente a uma crise que só parece se agravar.
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