Este mês, a retirada das forças da Missão da ONU na República Democrática do Congo (Monusco) da província oriental do Kivu do Sul chega ao fim, marcando a primeira fase do processo de saída do contingente internacional do país africano. A representante especial do secretário-geral na RD Congo, Bintou Keita, salientou que várias lições foram aprendidas ao longo dessa missão, que teve início em 2010 e que tinha como objetivo a proteção de civis, do pessoal humanitário e dos ativistas dos direitos humanos.
Keita enfatizou a importância da formação de uma equipe local que participará das atividades de estabilização, abrangendo níveis nacional e local. Ela ressaltou que, nesse contexto, é crucial não apressar a elaboração de um cronograma para a retirada, visto que muitos desafios permanecem. Entre os aspectos a serem considerados, estão a necessidade de equipamentos adequados e a realização de negociações com terceiros para a criação de infraestrutura e bases.
Recentemente, a chefe da missão de paz da ONU também se reuniu com grupos rebeldes, incluindo o M23, em Ruanda, discutindo a proteção de civis nas áreas controladas por essas facções armadas. Este encontro foi descrito como parte de “esforços conjuntos” para beneficiar a população e ocorreu em um momento crítico, especialmente após a captura de Goma, que elevou as tensões na região.
Os rebeldes demonstraram interesse em buscar uma solução pacífica para a crise. No entanto, a situação continua complexa, e a Monusco enfrenta desafios significativos à medida que se avança nesse processo de transição.
Origem: Nações Unidas