A Universidade do Porto, através da Faculdade de Medicina, apresentou os notáveis resultados de um programa inovador de reabilitação domiciliar denominado REHAB2LIFE, focado na terapia de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). A pesquisa, liderada pela investigadora Liliana Silva, destacou como a intervenção não apenas melhorou a qualidade de vida dos participantes, mas também promoveu uma maior autonomia nas atividades diárias.
O programa REHAB2LIFE foi implementado em várias casas de pacientes, utilizando tecnologia digital para monitorar e apoiar o tratamento. Segundo Silva, os feedbacks recebidos evidenciam uma significativa redução dos sintomas da DPOC, além de uma melhoria visível nas capacidades funcionais dos indivíduos participantes. Os resultados sugerem que o atendimento domiciliário pode ser um modelo sustentável e eficaz para a gestão da DPOC, especialmente em tempos em que as hospitalizações são vistas como opções de último recurso.
Especialistas presentes no evento enfatizaram a importância de programas como este na transformação do cuidado a longo prazo para doenças crónicas. “A promoção da saúde respiratória deve ir além do atendimento tradicional, integrando as novas tecnologias e abordagens que podem realmente fazer a diferença na vida das pessoas”, comentou um dos especialistas.
O sucesso do REHAB2LIFE poderá, portanto, abrir caminho para novas iniciativas e políticas que priorizem a reabilitação domiciliar, criando um novo paradigma no tratamento das doenças respiratórias em Portugal. As implicações desta pesquisa vão além do bem-estar dos pacientes, trazendo à tona a necessidade de uma reformulação dos sistemas de saúde que priorizem a prevenção e o tratamento no conforto do lar.
Origem: Universidade do Porto