O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou a extensão por mais um ano do crédito ampliado para São Tomé e Príncipe, através do Acordo de Crédito Alargado (ECF). A decisão do FMI foi baseada no cumprimento das exigências do programa de apoio, que busca responder a novas necessidades de financiamento externo e sustentar o ajustamento econômico do país.
Apesar de enfrentar desafios significativos, como uma crise no setor energético e tendências demográficas desfavoráveis, São Tomé e Príncipe conseguirá acessar um total de US$ 6,1 milhões em Direitos de Saque Especiais (DSE), o que representa um aumento correspondente a 30% da cota do país. O acesso total, após a extensão de 12 meses, passará a representar 155% da cota.
Com a conclusão da segunda revisão do programa, será possível um desembolso imediato de aproximadamente US$ 2,9 milhões, elevando o total já disponibilizado para cerca de US$ 13,7 milhões. No entanto, o país continua a enfrentar uma série de desafios estruturais, incluindo sua pequena dimensão, isolamento geográfico e elevada exposição a riscos climáticos.
As previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foram revisadas para baixo, em virtude de choques recentes no fornecimento de eletricidade e atrasos na transição energética. Apesar disso, o desempenho do programa sob o acordo ECF foi considerado geralmente satisfatório, com a implementação de vários marcos importantes relacionados à mobilização de receitas internas.
O crédito à economia apresentava um crescimento de 11% em setembro de 2025, impulsionado principalmente por financiamentos para importações de combustíveis e atividades nas áreas de construção e indústria. O setor bancário mostrou-se estável, com altos níveis de capitalização e liquidez, embora ainda existam riscos associados à concentração no setor público.
Origem: Nações Unidas






