Em Portugal, o número de créditos hipotecários utilizados para fins distintos da compra de habitação está a crescer de forma significativa. Segundo o Banco de Portugal (BdP), em 2024 foram celebrados 35.520 novos contratos dessa natureza, um aumento de 44,2% em comparação com o ano anterior, totalizando um montante de cerca de 2,1 mil milhões de euros. Esta tendência é atribuída principalmente às transferências de contratos entre instituições financeiras, com reforço do montante de crédito, permitindo que as famílias acessem valores superiores ao que já deviam em seus imóveis.
Os créditos hipotecários, que não têm como intuito a aquisição de casas, estão a ser utilizados para diversas finalidades, como a compra de automóveis e a consolidação de dívidas. De acordo com dados recentes, o montante médio dos contratos aumentou 9,8%, alcançando 60.061 euros em 2024. A maior parte desses créditos não indica uma finalidade específica, refletindo a flexibilidade e a atractividade deste tipo de empréstimo em comparação a outras opções de financiamento disponíveis no mercado.
A principal vantagem dos créditos hipotecários reside nos custos associados, que tendem a ser inferiores aos empréstimos pessoais tradicionais. Em 2024, a Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (TAEG) média desses contratos foi de 7,1%, mais próxima da TAEG dos créditos à habitação (5,9%) do que a dos créditos ao consumo, que se situou em 12,8%. Apesar dos juros associados serem superiores aos do crédito à habitação, a natureza garantida destes empréstimos continua a atraí-los na atual conjuntura económica.
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