A rápida valorização dos preços das casas em Portugal está a criar desafios significativos para as famílias que desejam adquirir habitação. Segundo um recente relatório do idealista/créditohabitação, os valores médios de empréstimos solicitados pelas famílias aumentaram 25% nos últimos dois anos, enquanto o preço médio de compra das casas subiu 12%. Este cenário é ainda mais complicado pelo fato de os salários não acompanharem esse crescimento, resultando em uma redução da margem de manobra financeira para as famílias.
Além disso, o contexto também é moldado pela diminuição das taxas de juro nos créditos habitação, que caíram de cerca de 4% em 2023 para pouco acima de 2% em 2025. Essa diminuição possibilitou que as famílias solicitassem um financiamento médio mais alto, atingindo 86% do valor da casa, em comparação com 78% dois anos antes. Os novos incentivos para jovens até 35 anos, como isenções no IMT e garantias públicas, também têm contribuído para um aumento na procura por habitação, apesar do agravamento dos preços no mercado.
Entretanto, a discrepância entre o aumento do financiamento e a queda no rendimento médio dos agregados familiares, que diminuiu 11% para uma média de 3.088 euros, destaca as dificuldades enfrentadas. A redução nos custos dos empréstimos bancários permitiu que famílias com rendimentos mais baixos, principalmente jovens, acessassem o mercado imobiliário. Contudo, a diminuição do interesse de compradores estrangeiros tem gerado um impacto adicional, resultando em um cenário de crescente desigualdade no acesso à habitação em Portugal.
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