Os cidadãos europeus enfrentam um cenário otimista em relação à longevidade, com a esperança de vida ao nascer nos 27 países da União Europeia (UE) alcançando 81,4 anos em 2023, um aumento significativo de 0,8 anos em comparação com o ano anterior. Este dado é especialmente relevante, considerando que a expectativa de vida havia diminuído temporariamente durante os anos de pandemia. Portugal, em particular, também registou um progresso notável com a expectativa de vida situando-se em 82,5 anos, refletindo um crescimento que vai além dos indicadores pré-pandemia.
De acordo com o Eurostat, os dados mostram que a esperança de vida na UE em 2023 superou os níveis de 2019, antes do impacto da Covid-19. Este incremento é o mais elevado registrado desde 2002, resultando em um total de 3,8 anos a mais em relação ao início do milénio. As estatísticas revelam ainda disparidades regionais significativas em Portugal, onde as expectativas variam: no Norte do país é de 83,2 anos, enquanto na Região Autónoma dos Açores é de apenas 79,5 anos, evidenciando as desigualdades à luz das condições de vida e acesso a serviços de saúde.
Além disso, os dados mostram uma diferença clara entre os sexos na expectativa de vida. As mulheres na UE continuam a viver mais que os homens, com uma expectativa média de 84 anos, enquanto os homens registam 78,7 anos. Em Portugal, esse padrão se mantém, com as mulheres vivendo em média 85,3 anos, enquanto a expectativa para os homens é de 79,5 anos, ressaltando uma diferença de 5,8 anos, superior à média da UE. Essa tendência revela não apenas questões de saúde pública, mas também sociais, que necessitam de atenção contínua.
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