A escassez de habitação a preços acessíveis na Europa está se tornando uma emergência que afeta a vida de famílias, trabalhadores e estudantes em diversas cidades. Reconhecendo a gravidade da situação, a Comissão Europeia decidiu criar um comissário específico para liderar as iniciativas voltadas à habitação acessível, colocando o tema no centro de sua agenda política. Em julho, foi lançada a segunda fase da consulta pública sobre o novo Plano Europeu de Habitação a Preços Acessíveis, que busca garantir que as soluções habitacionais estejam alinhadas com as realidades financeiras das famílias.
O plano visa resolver a crise habitacional que, embora inicialmente parecesse uma preocupação local, se transformou em um desafio global devido à intensificação da urbanização e ao agravamento da situação em várias regiões. Especialistas, como Donatella Marino e Guido Alberto Inzaghi, destacam a importância não só de garantir um teto, mas de assegurar condições de vida dignas. Uma das principais ações incluirá a criação de uma plataforma de investimento paneuropeia para habitação sustentável, que pretende mobilizar recursos para apoiar projetos nas regiões mais necessitadas.
Além disso, o plano propõe a revisão das regras sobre auxílios de Estado para facilitar o governo a apoiar iniciativas de habitação acessível. A luta contra a pobreza energética também é um foco, com a necessidade de garantir que as habitações sejam eficientes em termos energéticos. Os especialistas ressaltam que é crucial adaptar as políticas locais, reconhecendo as diversas realidades regionais, para lidar efetivamente com a emergência habitacional que atinge a Europa atualmente. A consulta pública sobre o plano está prevista para continuar até 2025, com a adoção esperada para 2026.
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