Na última quarta-feira, um relatório do Conselho Europeu revelou que Lisboa, Barcelona e Madrid lideram a lista das cidades da União Europeia onde os moradores destinam a maior porcentagem de seus salários para o pagamento da habitação. De acordo com o estudo, os lisboetas alocam impressionantes 116% de seus rendimentos mensais para cobrir os custos de moradia, enquanto em Barcelona e Madrid esse índice é de 74%. Este levantamento foi conduzido pela equipe liderada pelo ex-primeiro-ministro português, António Costa, e reuniu dados do Deutsche Bank.
O documento, intitulado “Um teto, muitas realidades: a complexa crise da habitação na Europa”, descreve esta situação como um “problema estrutural” enfrentado por diversos países europeus. António Costa enfatizou a urgência de abordar a crise da habitação durante uma reunião em Bruxelas, destacando que a questão vai além dos contextos locais, afetando a confiança nas instituições democráticas e a competitividade da região. As disparidades nos preços de imóveis nas diversas cidades são alarmantes, especialmente em comparação com cidades como Viena e Frankfurt, onde a porcentagem do salário destinada à habitação é significativamente menor.
No contexto de uma discussão sobre a crise habitacional, António Costa mencionou a necessidade de estratégias focadas na abordagem europeia. Apesar de a habitação ser uma competência nacional, ele defendeu que os líderes europeus devem colaborar para encontrar soluções, possibilitando um suporte mais eficaz através de fundos europeus. A inclusão deste tema na agenda do Conselho Europeu representa um passo importante para enfrentar o aumento dos preços e garantir acesso à habitação digna para todas as famílias na União Europeia.
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