No verão, a busca por ambientes frescos sem depender de ar condicionado pode ser uma realidade viável com a adoção de elementos arquitetónicos passivos. De acordo com o arquiteto Javier de Andrés, da Ayllón.Paradela, essas estratégias permitem que as casas se adaptem melhor ao clima, proporcionando conforto térmico em todas as divisões. A arquitetura ambiental, que prioriza soluções naturais e sustentáveis, é fundamental para enfrentar os altos índices de calor que se tornaram frequentes devido às alterações climáticas.
Entre as diversas técnicas, a ventilação cruzada se destaca como essencial em qualquer localização. De Andrés ressalta que é imprescindível ter duas fachadas opostas ou diferentes para garantir essa circulação de ar. Essa abordagem é particularmente importante em uma época em que os verões se prolongam e elevam as temperaturas, sendo uma estratégia eficaz para dissipar o calor, mesmo nas regiões mais frias da península. Além disso, o especialista aponta a necessidade de proteção solar nas janelas, que ajuda a reduzir a exposição direta ao sol nas horas mais quentes.
Além da ventilação e proteção solar, a utilização de marquises e paredes espessas também é relevante, especialmente em climas mediterrâneos. Marquises, comuns na Galiza, aquecem passivamente no inverno, mas precisam ser adaptáveis para o verão. Já as paredes grossas, típicas de construções rurais, mantêm as casas frescas no verão e aquecidas no inverno, mostrando que soluções tradicionais ainda são válidas no mundo contemporâneo. Com essas abordagens, é possível garantir um lar confortável e sustentável sem depender de aparelhos eletrônicos.
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