O setor imobiliário na China enfrenta um momento crítico, com investidores internacionais se vendo forçados a liquidar ativos adquiridos por preços exorbitantes, agora a valores muito inferiores. Desde o final de 2024, entidades como BlackRock e Carlyle Group têm reportado perdas significativas na venda de edifícios comerciais, enquanto bancos como HSBC e Standard Chartered estão alertando sobre um aumento no número de inadimplências em empréstimos, intensificando a crise no setor.
Dados da MSCI Real Capital Analytics revelam que, nos últimos 15 anos, o investimento estrangeiro em imóveis na China somou cerca de 140 bilhões de dólares. No entanto, analistas, como Patrick Wong da Bloomberg Intelligence, observam que os investidores estão “presos” a esses imóveis, devido à saturação do mercado, quedas nas aluguéis e altas taxas de vacância. A única saída aparente seria encontrar compradores locais, mas mesmo empresas estatais estão hesitantes em investir, esperando por sinais de recuperação que ainda não aparecem.
O segmentado logístico e industrial também está sob pressão, com empreendimentos como os da Blackstone lutando para manter ocupação. Recentemente, a empresa vendeu três parques logísticos no sul da China, reduzindo aluguéis em até 25% para não perder inquilinos. Especialistas, incluindo os da Oaktree Capital Management, estão enfrentando dificuldades até em projetos adquiridos de empresas em dificuldades, como a Evergrande. Com perdas acumuladas e um cenário sombrio, a situação atual sinaliza uma “década perdida” para o setor comercial na China, ressaltando os riscos do investimento em mercados saturados.
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