Neste 1º de março, a comunidade global celebra o Dia Mundial das Ervas Marinhas, uma data designada pela Assembleia Geral da ONU em 2022, com o apoio da Unesco. A celebração visa aumentar a conscientização sobre a importância crucial das ervas marinhas, que estão se deteriorando desde a década de 1930. Essas plantas aquáticas, que prosperam em águas rasas ao redor do mundo, desempenham um papel vital na preservação do carbono oceânico, armazenando até 18% desse elemento essencial.
As ervas marinhas, além de sua função como sumidouros de carbono, são fundamentais para o cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável. Elas criam ecossistemas ricos em biodiversidade, servindo de habitat para inúmeras espécies marinhas, como tartarugas e peixes, e sustentando importantes indústrias de pesca, como a do bacalhau do Atlântico. Além disso, esses ecossistemas naturalmente filtram e reciclam nutrientes, contribuindo para a qualidade da água ao reduzir a contaminação nos frutos do mar.
A Assembleia Geral da ONU fez um apelo para que os países adotem medidas de conservação desses habitats, que cobrem apenas 0,1% do fundo do oceano, mas são essenciais para a saúde do planeta. Atualmente, estima-se que 30% das pradarias de ervas marinhas tenham desaparecido, com muitas espécies em risco, evidenciando a urgência das ações propostas.
Esses ecossistemas também oferecem proteção contra fenômenos climáticos adversos, diminuindo a força das ondas e defendendo comunidades costeiras de inundações e tempestades. Em todo o mundo, a área coberta por ervas marinhas alcança cerca de 300 mil km², mas a perda contínua está ameaçando a segurança alimentar e a estabilidade ambiental.
O trabalho de restauração desses prados, como sugere a Unesco, poderá não só ajudar a mitigar a crise climática, mas também possibilitar o cumprimento de 26 indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Apesar da tendência global alarmante de perdas que varia entre 2% a 7% ao ano, existem áreas onde a recuperação está sendo bem-sucedida, garantindo tanto a segurança dos litorais quanto a gestão sustentável dos recursos marinhos.
Origem: Nações Unidas