A endometriose, uma doença que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva em Portugal, tem gerado crescente preocupação entre especialistas e organizações de saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerada uma das 20 condições mais dolorosas que afetam a população feminina. Os sintomas, que incluem dor pélvica intensa, menstruação irregular e dificuldades na fertilidade, podem impactar severamente a qualidade de vida das mulheres que sofrem desta condição.
Recentemente, um estudo realizado pela Universidade de Lisboa revelou que muitas mulheres ainda desconhecem a gravidade da endometriose e seus efeitos a longo prazo. Para aumentar a conscientização, instituições de saúde e grupos de apoio têm promovido campanhas educativas que visam informar sobre os sinais e sintomas da doença, além de encorajar as mulheres a buscar diagnóstico e tratamento precoces.
As especialistas ressaltam a importância do diagnóstico oportuno, uma vez que frequentemente a endometriose é confundida com cólicas menstruais normais. “É fundamental que as mulheres compreendam que não devem normalizar a dor intensa durante a menstruação. Buscar ajuda médica é essencial para obter um diagnóstico correto e iniciar um tratamento adequado”, comenta a ginecologista Maria Lopes, que lidera um projeto de sensibilização na capital.
Considerando a relevância da questão, debates e encontros sobre saúde feminina têm sido agendados em várias cidades do país, com a presença de médicos, psicólogos e pacientes. A proposta é criar uma rede de apoio que ajude não apenas no tratamento físico, mas também no suporte emocional das mulheres que enfrentam essa doença incapacitante. A luta contra a endometriose é mais do que uma questão de saúde; é também uma questão de dignidade e qualidade de vida.
Origem: JPN Universidade do Porto