Em um cenário onde as compras online ganham espaço, a falta de um endereço registrado exclui milhões de brasileiros do acesso a serviços essenciais. No Brasil, cerca de 17 milhões de pessoas não possuem um Código de Endereçamento Postal (CEP), o que gera dificuldades para receber correspondências, documentos, e benefícios sociais.
Neste 9 de outubro, Dia Mundial dos Correios, o empreendedor Pedrinho Jr., da “Carteiro Amigo”, compartilhou suas experiências sobre como sua empresa busca integrar moradores de áreas marginalizadas como as favelas e periferias ao sistema de entrega de correspondências. “Sem um endereço, muitas pessoas simplesmente não existem para os serviços públicos e privados”, alertou Pedrinho, que cresceu na favela da Rocinha, a maior da América Latina.
A “Carteiro Amigo”, criada há 25 anos, utiliza um sistema de geolocalização atualizado que considera as particularidades da comunidade. Com a ajuda dos moradores, a empresa divide a favela em subzonas, facilitando a logística das entregas e promovendo inclusão social ao empregar 95% de pessoas locais.
Além da inclusão, a empresa também se destaca por sua responsabilidade ambiental, com 45% das entregas realizadas por veículos elétricos. Pedrinho enfatiza o compromisso em empoderar grupos minoritários, com 60% das lideranças femininas e 80% da equipe composta por pessoas negras.
A “Carteiro Amigo” atua também como uma ponte, buscando levar dignidade e oportunidades para quem vive em locais de difícil acesso. Com planos de expandir seu modelo através de franquias, Pedrinho Jr. enfrenta o desafio de quebrar barreiras sociais e assegurar que todos tenham acesso a serviços básicos e dignidade.
Origem: Nações Unidas

