Novo Formato E2 Revoluciona Armazenamento em Centros de Dados
Um novo padrão de armazenamento está prestes a transformar a forma como os centros de dados gerenciam a capacidade e a eficiência. O formato E2, um design de SSD desenvolvido pela Storage Networking Industry Association (SNIA) e o Open Compute Project (OCP), conta com o apoio de grandes empresas como Micron, Meta, Microsoft e Pure Storage.
Com a capacidade de armazenar até 1 petabyte (1.000.000 GB) em uma única unidade, o E2 se destaca por seu consumo otimizado, estimando até 80W. Esta nova solução visa atender o emergente segmento de armazenamento “tibio” ou warm data, que envolve dados acessados frequentemente, mas que não exigem latências extremamente baixas.
Especificações Técnicas do SSD E2
O SSD E2 apresenta as seguintes características:
- Capacidade Máxima: 1 PB (1.000 TB)
- Interface: NVMe sobre PCIe 6.0 x4
- Consumo Máximo: ~80 W (esperado 20-30 W em operação real)
- Dimensões: 200 mm × 76 mm × 9,5 mm
- Velocidade de Transferência: 8-10 MB/s por TB
O que é o “Armazenamento Tibio”?
Dados são classificados como frios, tibios ou quentes com base na frequência de acesso e na velocidade necessária:
- Frio: dados arquivados raramente acessados.
- Quente: dados em uso intensivo que necessitam de baixa latência.
- Tibio: dados acessados regularmente, mas sem exigências extremas.
O aumento no uso de data lakes, modelos de IA e análises em tempo real gerou uma demanda por soluções que ofereçam grande densidade e custo reduzido por TB, sem as penalizações energéticas de outras opções.
Desafios à Adoção
Apesar das promessas do E2, existem barreiras a serem superadas:
- Desafios Térmicos: O consumo elevado de energia pode complicar a refrigeração convencional.
- Integração: Muitas plataformas de servidor não suportam ainda múltiplos SSDs E2 em um único chassi 2U.
- Custos Iniciais: Como todo novo padrão, o custo pode ser elevado até que a produção em escala se estabeleça.
Potencial para Substituir HDDs
Embora o E2 não tenha a intenção de substituir completamente os discos rígidos em um curto prazo, ele pode se tornar uma alternativa atraente para organizações que necessitam de armazenamento em grande volume com acessos frequentes, sem recorrer aos preços dos SSDs de alto desempenho.
Conclusão
Com seu equilíbrio entre capacidade e eficiência, o novo SSD E2 pode redefinir as práticas de armazenamento nos centros de dados na próxima década. À medida que a demanda por dados continua a crescer, soluções que não sacrifiquem eficiência nem espaço serão cada vez mais cruciais.
O futuro do armazenamento promete não apenas maior capacidade, mas também uma gestão mais inteligente das informações, e o formato E2 parece estar trilhando esse caminho.