Em Florença, a antiga sede do Teatro Comunale, agora substituída por um controverso prédio residencial, tem gerado um intenso debate público. O novo edifício, descrito por críticos como um “cubo negro”, destoa da estética histórica da cidade, levantando questões sobre a compatibilidade arquitetônica. A construção, que abriga 156 apartamentos de luxo, foi inaugurada após anos de abandono do teatro, encerrado em 2014 devido à transferência das atividades para o Teatro del Maggio. Esse novo espaço, agora chamado de Teatro Luxury Apartments, está gerando opiniões polarizadas entre moradores e profissionais da arquitetura.
O impacto visual do novo projeto, assinado pelos Vittorio Grassi Architects, tem atraído críticas severas. Especialistas e cidadãos apontam que seu design geométrico e superfícies envidraçadas quebram a harmonia paisagística dos lungarni florentinos. As reações nas redes sociais foram rápidas e intensas, com termos como “ferida aberta” e “monstro ecológico” sendo utilizados para descrever a nova adição ao panorama urbano. A desilusão é ainda mais acentuada pelo contraste percebido entre as representações iniciais do projeto e sua execução final, que muitos consideram pesada e impactante.
A controvérsia também tomou contornos políticos, com figuras públicas exigindo uma reavaliação das decisões tomadas durante o processo de aprovação. O ex-diretor dos Uffizi, Eike Schmidt, e outros críticos afirmam que as autoridades municipais ignoraram a sensação geral de insatisfação, apesar de garantias de conformidade legal. Enquanto a administração defende os trâmites legais seguidos, a discussão sobre a preservação do patrimônio cultural e o futuro da arquitetura em Florença continua a aquecer os ânimos da população.
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