No Dia Mundial da Rádio, celebrado anualmente a 13 de fevereiro, o papel da Inteligência Artificial (IA) no setor se destaca como um tema de crescente discussão. Em uma entrevista exclusiva com Luís Oliveira, sub-diretor da Antena 3, abordaram-se as inovações trazidas pela tecnologia e suas implicações éticas e criativas na radiodifusão.
Oliveira enfatizou que a IA está revolucionando a forma como as emissoras interagem com os ouvintes. A utilização de algoritmos para personalizar playlists e criar conteúdo automatizado tem gerado tanto entusiasmo quanto apreensão entre profissionais do setor. “A tecnologia pode ser uma aliada na criação de um conteúdo mais dinâmico e interativo, mas também levanta questões sobre a autenticidade da voz radiofônica e o papel do locutor”, afirmou.
Além disso, a possibilidade de gerar notícias em tempo real com a ajuda de IA tem sido um ponto de discórdia. Enquanto alguns veem isso como uma oportunidade de aumentar a eficiência e a rapidez das informações, outros temem que a automatização possa comprometer a qualidade e a veracidade do jornalismo.
A discussão tornou-se ainda mais pertinente com a crescente presença da IA em outras plataformas de mídia, o que leva os profissionais a repensar o futuro da rádio frente a essa transformação tecnológica. Oliveira concluiu que a adaptação a essas novas ferramentas é essencial, mas que é preciso estabelecer um limite ético claro para que a essência da rádio não se perca.
Origem: JPN Universidade do Porto