Entre 2025 e 2035, dez plataformas tecnológicas podem gerar entre 6 e 8 trilhões de dólares, superando o PIB conjunto do Japão e da Alemanha. Essa afirmação, feita por Patricio Hunt em um artigo publicado na revista Expansão, destaca que não se trata de uma única revolução, mas de dez simultâneas: inteligência artificial (IA), robótica, veículos autônomos, realidade mista, drones, satélites, robôs humanoides, computação quântica, dispositivos vestíveis e interfaces cérebro-computadora.
Hunt enfatiza que a diferença entre antecipar-se ou chegar atrasado nesse cenário será decisiva. O timing, que determina quem conquista valor na nova economia, e a infraestrutura, que deve unir plataformas capazes de atrair ecossistemas em vez de apenas gadgets isolados, são fundamentais para o sucesso.
Nos próximos dez anos, a convergência de maturidade tecnológica, volume de dados crescente, redução dos custos de computação e um apetite por investimentos visíveis em Wall Street e Silicon Valley, permitirá que estas tecnologias se multipliquem entre si. A IA, por exemplo, potencializa o design de robôs, enquanto drones dependem de computação em nuvem e conectividade.
As dez plataformas serão responsáveis por um valor econômico agregado que se manifestará ao combinar hardware, software e capacidade de rede. A construção de ecossistemas robustos será a chave para capturar essa riqueza, e os países que souberem orquestrar plataformas com inovação e regulação favorável colherão os maiores benefícios.
Para nações como o Brasil, a mensagem é clara: investir em educação para formar profissionais em áreas como IA, automação e cibersegurança e fomentar parcerias entre tecnologia, empresas e startups. Não é suficiente esperar os avanços; a proatividade em pilotar novas tecnologias será vital para não perder a onda desta nova era.






