Em Hong Kong, a crise habitacional se agrava, refletida nas condições de vida de cerca de 220.000 pessoas que habitam as chamadas “casas-caixão”. Estes cubículos de apenas 1,5 metros quadrados representam uma solução extrema para aqueles que não conseguem arcar com os altos preços do mercado imobiliário local, que já ultrapassa 5.100 euros por metro quadrado. A precariedade das moradias é visível, com espaços que mal permitem que os moradores se deitem confortavelmente e que possuem escassa ventilação, exacerbando questões de saúde e higiene.
Essas “microcasas”, que surgem comoresultado de conversões ilegais de imóveis maiores, são cada vez mais comuns entre trabalhadores com baixos rendimentos, aposentados, ex-presidiários, e migrantes que buscam oportunidades na cidade. Entre os residentes, 16% são crianças e adolescentes que, assim, crescem em condições extremamente vulneráveis. Apesar do reconhecimento do governo sobre a gravidade da situação, as promessas de erradicação das moradias ilegais até 2049 parecem distantes da realidade, uma vez que o número dessas habitações continuou a crescer nos últimos anos.
O custo de vida nessas condições é igualmente alarmante, com uma “casa-gaiola” custando cerca de 170 euros por mês e uma “casa-caixão” chegando a 350 euros. As famílias nascidas e criadas nesse ambiente sofrem com a falta de opções habitacionais acessíveis, refletindo um sistema que falha em atender às necessidades básicas da população. A crescente quantidade de habitações ilegais, juntamente com a lentidão na construção de habitação social, sinaliza a urgência de uma solução que enfrente de forma eficaz a crise habitacional em uma das cidades mais ricas do mundo.
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