O mercado de leilões judiciais em Portugal enfrenta uma transformação significativa, com o volume de imóveis vendidos a reduzir-se pela metade nos últimos cinco anos. Esse declínio acompanha uma diminuição no incumprimento das obrigações de crédito à habitação, refletindo um setor imobiliário que, embora venda menos, tem visto os valores dos imóveis em leilão dispararem. Segundo o Jornal de Negócios, enquanto em 2019 foram leiloados cerca de dez mil imóveis, em 2024 esse número não superou os cinco mil.
Apesar da queda na quantidade de imóveis, o valor médio das transações tem apresentado um aumento notável de 63% desde 2020. Mara Fernandes, presidente do Conselho Profissional do Colégio dos Agentes de Execução da OSAE, aponta que o valor médio dos imóveis leiloados subiu de 72 mil euros em 2020 para aproximadamente 118 mil euros em 2024. Esse fenômeno é atribuído ao abrandamento do incumprimento, uma vez que os bancos reportaram uma redução de mais de 50% nos processos de risco em comparação ao ano anterior.
A procura por imóveis em leilão permanece robusta, com mais de 3.200 propriedades vendidas até agosto de 2024, totalizando 268 milhões de euros em vendas. A plataforma e-Leilões tem se mostrado fundamental, assegurando visibilidade e transparência no mercado. Apesar da queda na oferta, a eficácia do sistema continua a dinamizar o setor, permitindo que créditos sejam recuperados de forma mais rápida, segundo Fernandes, reforçando seu papel central no funcionamento do mercado judicial.
Ler a história completa em Idealista Portugal