Escondida na Serra da Freita, a aldeia de Drave, situada no concelho de Arouca, é um verdadeiro testemunho da solidão e do abandono. Sem habitantes há quase duas décadas, este local é acessível apenas por trilhos montanhosos, o que contribui para o seu caráter isolado. Ao percorrer o caminho, os visitantes são recebidos por ruínas de casas de xisto e vistas deslumbrantes, revelando um cenário que parece ter sido esquecido pelo tempo. A ausência de estradas, eletricidade e serviços básicos transforma Drave em um lugar que desafia a modernidade.
O abandono progressivo de Drave é reflexo de uma realidade que afeta várias comunidades no interior de Portugal. Com a emigração dos jovens em busca de melhores oportunidades e o falecimento dos mais velhos, as condições de vida tornaram-se insustentáveis. Fatores como a falta de infraestrutura, acesso difícil e desinteresse político contribuíram para o vazio que hoje permeia a aldeia, tornando-a um esteio do silêncio e da natureza indomada.
Apesar do abandono, a aldeia não foi totalmente esquecida. Grupos de escoteiros utilizam Drave como campo de atividades, ajudando a preservar algumas das estruturas que restam. Para aqueles que buscam uma experiência única de conexão com a natureza e reflexão sobre o destino das comunidades rurais, Drave oferece uma oportunidade ímpar. A visita requer preparação para a caminhada, mas promete um momento de contemplação em um lugar onde a natureza reaprendeu a ocupar o espaço deixado pelo ser humano.
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