A gestora de fundos imobiliários Tristan Capital, que opera em Portugal desde 2019 com foco em escritórios e logística, manifestou cautela em relação ao setor residencial. O diretor-geral da empresa, Yassine Berkane, destacou em entrevista ao Jornal de Negócios que, embora as oportunidades sejam evidentes – devido ao descompasso entre a oferta e a procura – a instabilidade política e as pressões do mercado dificultam decisões de investimento nesse segmento. Ele enfatiza que, mesmo com uma forte demanda, a oferta continua a ser um desafio em toda a Europa e que o apoio das autoridades locais é crucial para promover um ambiente de investimentos seguro.
Berkane também comentou sobre a crescente pressão política interna, associando-a à frustração popular em relação ao mercado residencial, que tem alimentado o sucesso de partidos como o Chega. Essa dinâmica política, segundo ele, pode resultar em mudanças rápidas nas decisões governamentais, complicando ainda mais o cenário de investimentos. A instabilidade política, acrescenta, tem gerado incertezas que podem impactar negativamente os planejamentos de longo prazo das empresas do setor.
Apesar dessas dificuldades, a Tristan Capital mantém um interesse sólido em Portugal, especialmente na área de logística, onde planeja aumentar seus investimentos. Berkane afirma que a empresa continuará a diversificar sua alocação de recursos nesse setor, reconhecendo que o mercado hoteleiro econômico também apresenta potencial, embora já exista uma forte presença de grandes operadores. Com a Portugal representando cerca de 2% de sua carteira global, Berkane demonstra otimismo sobre o futuro do país, considerando que os fundamentos econômicos são robustos e favoráveis para os investidores.
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