A situação humanitária na Faixa de Gaza apresenta sinais de alívio, conforme anunciado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres. Durante um evento em Nova Iorque, Guterres destacou que, com base na Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC), a região não está mais inserida num quadro de fome, embora ainda enfrente desafios significativos. Ele revelou que a alimentação diária de mais de 1,5 milhão de pratos está sendo distribuída em pacotes de auxílio às comunidades, além de melhorias no acesso à água potável e na reabertura de algumas unidades de saúde.
Apesar deste avanço, a realidade continua difícil, com 1,6 milhão de pessoas vivendo em condições de insegurança alimentar aguda. Guterres alertou que mais de 75% da população enfrenta riscos críticos de desnutrição, com crianças sendo as mais afetadas. A situação das famílias é alarmante, com relatos de sofrimento extremo e pessoas vivenciando condições insustentáveis.
Este panorama se agrava no inverno, quando dois terços das crianças são consideradas em pobreza alimentar severa. “Precisamos de um cessar-fogo verdadeiramente duradouro e de um aumento significativo na assistência humanitária para evitar que a situação se deteriore ainda mais”, reiterou Guterres, pedindo à comunidade internacional que mantenha o foco na deterioração também observada na Cisjordânia.
As estimativas indicam que até 55 mil famílias foram impactadas por tempestades recentes, resultando em danos significativos a abrigos e pertences pessoais, além de afetar o acesso a espaços de proteção infantil. Especialistas recomendam que sejam realizados reparos urgentes para mitigar os efeitos das intempéries e garantir a continuidade das atividades de assistência às crianças. A violência de gênero também permanece uma questão preocupante na região, demandando atenção e recursos adequados.
Origem: Nações Unidas






