Durante a 3ª edição da Convenção APEMIP Imocionate, que ocorreu na última terça-feira, especialistas apontaram a necessidade urgente de aumentar a oferta de habitação em Portugal, adiantando medidas que incluam tanto a construção de novas casas quanto a reabilitação de imóveis devolutos. Os oradores enfatizaram que a crise de habitação exige soluções estruturais a longo prazo, assim como a aceitação de que a Inteligência Artificial pode transformar o setor imobiliário, otimizando processos e facilitando o acesso à informação. O ex-vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, destacou a importância de criar pactos governamentais que assegurem a continuidade das políticas habitacionais, pois mudanças legislativas frequentes podem comprometer os resultados.
Outro ponto abordado por Portas foi a evolução das cidades portuguesas. Ele mencionou que Lisboa e Porto, tradicionalmente vistas como as principais cidades do país, enfrentam dificuldades de crescimento devido a limitações espaciais. Nesse contexto, ele sugeriu a utilização de construções verticais como uma estratégia viável, embora enfatizando que isso necessitará de regulamentações adequadas. O ex-ministro também destacou que, para os próximos anos, o objetivo do governo é construir 59.000 novas habitações, um número ainda considerado insuficiente para atender à demanda existente.
Os dados apresentados por especialistas durante o evento foram alarmantes, revelando que a construção de habitações caiu drasticamente na última década, com médias anuais de apenas 15.000 novas unidades. Além disso, foi ressaltada a necessidade de simplificar processos de licenciamento e reduzir burocracias como formas de estimular a construção. Há um consenso crescente sobre a importância de colaborações entre o Estado, autarquias e investidores, buscando um esforço conjunto para resolver a crônica escassez de habitação em um cenário em que a realidade econômica e social continua a se deteriorar.
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