A escassez de trabalhadores qualificados na construção civil em Portugal tem se tornado um desafio significativo, especialmente em projetos de grande envergadura como o Arcaya, no Algarve, com um investimento estimado em 700 milhões de euros. Paulo Loureiro, CEO da Bondstone, enfatiza que é “muito difícil” encontrar mão de obra adequada, o que compromete os prazos e os custos das obras. A falta de recursos humanos não é o único obstáculo; questões burocráticas também surgem como um entrave para os promotores no setor.
Em entrevista ao Jornal Económico, Loureiro destacou que os prazos de licenciamento são uma das principais frustrações enfrentadas pelos investidores imobiliários. O tempo que leva para obter aprovações camarárias gera incerteza e pode desincentivar potenciais investidores, tornando o ambiente de negócios ainda mais complexo. Essa situação exige um fluxo eficiente de processos para garantir a viabilidade dos projetos, como o Arcaya, que abrange 68 hectares e já registrou investimentos superiores a 100 milhões de euros.
Além da falta de mão de obra e dos desafios burocráticos, o financiamento é outro ponto crítico mencionado por Loureiro. Ele observou que o sistema bancário português é notoriamente lento em fornecer apoio aos promotores, com prazos que podem se estender por meses. Essa morosidade, conforme destacou, pode atrasar decisões cruciais para o andamento das obras, dificultando ainda mais a construção de projetos sustentáveis, como as estruturas em madeira do Arcaya, uma prática que busca alinhar-se às tendências internacionais.
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