Nos últimos anos, o esturjão do Báltico tem enfrentado um alarmante declínio populacional, chegando a ser declarado praticamente extinto em 2013. Contudo, uma equipe de cientistas alemães está liderando uma iniciativa para reintroduzir essa espécie nativa de volta às suas águas, através do projeto ‘Stör’ financiado pela União Europeia. Os esturjões, considerados fósseis vivos, existem há mais de 200 milhões de anos e, apesar de sua biodiversidade, estão ameaçados pela construção de barragens, sobrepesca e poluição.
O projeto, coordenado pelo Instituto de Pesca do Centro de Pesquisa em Agricultura e Pesca de Mecklenburg-Vorpommern, visa recuperar populações extintas por meio de gerenciamento de desova, reabastecimento e proteção das populações selvagens. Desde 2021, aproximadamente 553 mil esturjões do Báltico foram reintroduzidos, gerando esperança entre os pesquisadores. Em um estudo recente, 120 esturjões foram equipados com transmissores acústicos, confirmando sua migração bem-sucedida do sistema fluvial do Oder para o Mar Báltico.
O monitoramento contínuo e as atividades de reabastecimento são essenciais para a reabilitação a longo prazo do esturjão do Báltico. Gerd-Michael Arndt, chefe do Instituto de Pesca, expressou otimismo ao afirmar que os relatórios regulares de esturjões detectados indicam que os animais estão conseguindo sobreviver e crescer, alimentando a esperança de que exista a possibilidade de restabelecer populações autossustentáveis desta espécie na região do Mar Báltico.
Origem: Oceanos e pescas Europa