Os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas manifestaram sua rejeição ao anúncio de uma autoridade governamental paralela nas zonas controladas pelas Forças de Apoio Rápido (RSF) no Sudão. Através de uma nota divulgada nesta quarta-feira, o Conselho expressou sua profunda preocupação com o que considera uma “ameaça direta à integridade e unidade territorial do Sudão”, alertando que essa situação pode levar à fragmentação do país e agravar ainda mais o conflito em curso.
O documento ressalta a necessidade de que qualquer medida unilateral que comprometa a soberania e a unidade do Sudão representa um risco não apenas para o país, mas para a estabilidade de toda a região. O Conselho reiterou a importância da retomada das negociações entre as partes envolvidas para alcançar um cessar-fogo duradouro e criar um ambiente propício para uma solução política do problema.
Além disso, a mensagem defende uma transição política inclusiva e confiável, que vise a formação de um governo nacional democraticamente eleito, em um processo liderado por civis. A resolução 2736, que exige que as RSF terminem o cerco a El Fasher e interrompam os combates na região, foi particularmente mencionada, pois o local enfrenta uma grave crise alimentar e condições extremas de insegurança.
Com a emergência de novos relatos sobre ofensivas por parte das RSF em El Fasher, o Conselho de Segurança também condenou os recentes ataques que têm provocado um elevado número de mortes civis na região do Cordofão. Dentre as exigências apresentadas estão o fim das agressões às operações humanitárias, a proteção dos civis, a responsabilização dos autores de violações graves e o respeito ao direito internacional.
Origem: Nações Unidas