No contexto atual em que a Inteligência Artificial (IA) se tornou parte integrante do cotidiano das empresas, a segurança cibernética enfrenta novos desafios. Funcionários utilizam ferramentas de IA generativa para tarefas como redação, programação e criação de conteúdo, o que, embora aumente a produtividade, também expande a superfície de ataque. Com isso, surgem preocupações sobre como proteger as interações e decisões feitas por esses sistemas.
Em resposta a essa nova realidade, a CrowdStrike anunciou a disponibilidade do Falcon AI Detection and Response (AIDR), uma extensão de sua plataforma Falcon, especialmente projetada para proteger as interações entre funcionários, agentes de IA e dados corporativos. A iniciativa busca monitorar o ponto em que humanos e máquinas se comunicam, reconhecendo que esse “ponto de interação” pode ser vulnerável a ataques furtivos.
Um aspecto central da proposta é a identificação do “prompt” como uma nova via para ataques cibernéticos. Segundo a CrowdStrike, técnicas como injeção de prompts e manipulação de agentes podem ser utilizadas para forçar comportamentos inesperados ou para acessar informações sensíveis. A empresa observou que 45% dos funcionários utilizam ferramentas de IA sem aprovação de seus supervisores, o que contribui para o que chamam de “IA em sombra”, um conceito que evidencia o uso não regulamentado de tecnologias de inteligência artificial.
As capacidades do Falcon AIDR incluem monitoramento em tempo real das interações de IA, bloqueio de ataques e proteção de dados sensíveis antes que possam ser expostos a agentes maliciosos. O objetivo é fornecer uma camada de segurança que permita às organizações inovar sem comprometer a segurança, estabelecendo limites e garantindo a rastreabilidade das interações.
Conforme a adoção de IA cresce, a segurança de sistemas em nuvem se torna ainda mais crítica. Um relatório recente da Palo Alto Networks mostrou que 99% das organizações entrevistadas relataram pelo menos um ataque a sistemas de IA no último ano, enfatizando a necessidade de uma abordagem proativa em relação à segurança.
Diante desses desafios, a grande questão que se impõe às empresas é como implementar medidas de proteção robustas sem inibir a adoção de tecnologias emergentes. O Falcon AIDR surge como uma resposta a essa necessidade, destacando que o foco deve ser a interação com a IA, que já é um ponto fulcral no ecossistema digital corporativo.






