O Índice de Justiça Intergeracional (IJI) em Portugal caiu para 0,43 em 2023, uma redução alarmante quando comparado com 0,50 em 2021. Este desvio significativos é atribuído principalmente à deterioração das condições de habitação e saúde, conforme indicado pelo relatório do Institute of Public Policy (IPP), com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. O estudo revela que a crise habitacional no país tem aprofundado a injustiça entre gerações, evidenciando um retrocesso nas melhorias observadas até 2020.
Os especialistas do estudo analisaram seis áreas relevantes, incluindo o mercado de trabalho e as finanças públicas, mas foi na habitação que as mudanças foram mais notáveis. Com um índice de 0,23 para a habitação em 2023, os pesquisadores destacam o aumento do esforço necessário para acessar moradia, bem como a crescente porcentagem de jovens até 35 anos vivendo com os pais. Paulo Trigo Pereira, coordenador da pesquisa, apontou que a relação entre preço e rendimento é crítica para entender essas dinâmicas e argumentou que as políticas habitacionais atuais falham em compreender a gravidade da situação.
Pereira sugere que a solução para a crise habitacional exige uma abordagem mais integrada, incluindo o aumento da oferta de casas, a restrição de vistos gold que alimentam a especulação e a promoção de arrendamentos de longa duração. Ele critica a visão limitada das ações governamentais, afirmando que simplesmente construir novas habitações não resolverá o problema sem um conjunto coeso de políticas que trabalhem em conjunto. “Não basta aumentar a oferta”, concluiu, enfatizando a necessidade de uma mudança significativa nas diretrizes atuais.
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